A história de Pitanga dos Palmares, território quilombola marcado pela exploração ilegal de recursos, especulação imobiliária e cobiça por parte de grandes empreendimentos, guarda paralelos profundos com a realidade vivida na Região Nordeste de Amaralina. Ambos os lugares são espaços onde a luta pela preservação da identidade, do território e dos direitos humanos enfrenta desafios constantes, agravados por um sistema que historicamente marginaliza e violenta suas populações.
Faz um ano que Mãe Bernadete, uma mulher negra, ialorixá e líder quilombola, teve sua vida interrompida brutalmente. Em 17 de agosto de 2023, ela foi assassinada com 25 tiros dentro de sua casa no quilombo Pitanga dos Palmares, na presença de seus três netos. Seu assassinato não apenas interrompeu uma vida dedicada à defesa de seu povo, mas também ecoou como um grito de alerta sobre as violências que comunidades como a de Pitanga dos Palmares e Nordeste de Amaralina continuam a enfrentar.
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O legado de Mãe Bernadete é um símbolo de resistência. Sua morte, longe de silenciar sua voz, amplificou a consciência nacional sobre as nefastas consequências do racismo estrutural no Brasil. Assim como Pitanga dos Palmares, a Região Nordeste de Amaralina é um espaço onde o racismo, a desigualdade e a violência se manifestam de maneiras cruéis, mas também onde a resistência e a luta por justiça e dignidade são constantes.
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A luta de Mãe Bernadete nos ensina que a defesa de territórios, seja em quilombos ou favelas, não é apenas uma questão de preservação física, mas também de preservação da cultura, da história e da identidade de um povo. No Nordeste de Amaralina, a resistência comunitária, a valorização da cultura local e a luta contra a marginalização seguem firmes, inspiradas por figuras como Mãe Bernadete, que nos mostram que a luta por justiça é contínua e necessária.
A história dela é um espelho da realidade enfrentada por muitos na Região Nordeste de Amaralina, onde a luta pelo direito ao espaço, à cultura e à vida continua a ser travada diariamente. Assim como Mãe Bernadete deixou um legado que transcende sua morte, a comunidade de Nordeste de Amaralina, com sua rica história e resistência, continua a ser um símbolo de força e esperança em meio às adversidades.