Elton Obcecado retorna com um projeto poderoso e intimamente conectado à sua trajetória: o álbum Parar para Acertar. Mais do que uma obra musical, o trabalho reflete a vivência periférica, misturando a intensidade das ruas de Salvador com as batidas do Rap Drill americano e os ritmos da Bahia. O álbum é um manifesto que coloca em evidência a realidade dos jovens negros abandonados e cobrados pelo Estado, trazendo uma mensagem de resistência, fé e renascimento.
A criação do álbum teve início em 2019, em meio ao auge das batalhas de freestyle em Salvador. Essa vivência inspirou Elton a reunir forças para tornar o álbum realidade, junto ao DJ Gug. Após anos de trabalho, em 2023, a parceria com a gravadora Corporação Soundcria Cria, de Jhon Creator, permitiu que o projeto fosse produzido em um estúdio profissional. Apesar de alguns contratempos na continuidade do projeto inicial, o resultado ficou marcado por determinação e investimento independente, especialmente com o suporte da marca PPP. Hoje, o álbum está pronto para lançamento em 2024 e promete ecoar nas ruas de Salvador, no Brasil e além.
![](https://www.oquefazerna.com.br/wp-content/uploads/2024/12/WhatsApp-Image-2024-12-13-at-10.25.31-1-edited.jpeg)
Parar para Acertar é uma narrativa crua e honesta sobre sobrevivência. Elton traz em suas músicas as vozes dos trabalhadores, ambulantes, traficantes, policiais e moradores – pessoas que vivem e sentem o impacto da realidade dura das ruas. A obra convida o público a se reconectar com o significado de empatia: “Fazer para o outro o que gostaria que fizessem por mim.”
Além da musicalidade marcante, o projeto está fortemente ligado ao audiovisual. Com videoclipes, imagens e fotos que complementam a narrativa, Elton está determinado a expandir o alcance de sua mensagem. Para ele, Parar para Acertar não é apenas um álbum; é a continuação de uma história real, viva e carregada de emoção.
“Eu me mantenho aqui, na mesma postura, na mesma ética e respeito de rua, e continuo vivo,” afirma Elton. Sua obra honra não apenas sua jornada, mas a de amigos perdidos precocemente nas estatísticas cruéis da violência e da desigualdade social. Agora, em pé e com fé, ele transforma dor e resistência em arte, prometendo deixar um legado que ressoe em cada canto de Salcity e do mundo.