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Transporte metropolitano paralisa e cidade entra em alerta

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A terça-feira (28) começou caótica para quem depende do transporte metropolitano. Rodoviários de diversas cidades pararam as atividades por tempo indeterminado, e a greve já afeta diretamente municípios como Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho e Salvador. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana (Sindmetro), que classifica a paralisação como “histórica” e alerta para os impactos no deslocamento diário da população.

O que está em jogo?

A greve foi decretada no último dia 16 e é fruto do impasse entre trabalhadores e empresários. Entre as principais queixas, a categoria rejeita a proposta de reajuste salarial e reivindica melhorias nas condições de trabalho. O problema, no entanto, vai além da questão salarial. A insegurança sobre a manutenção dos empregos dos rodoviários acirra ainda mais o clima de tensão.

As empresas de transporte protocolaram um documento na Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba) informando a entrega de todas as linhas metropolitanas até 15 de fevereiro. O motivo alegado? Concorrência do transporte clandestino e integração com o metrô, fatores que, segundo as empresas, inviabilizam a continuidade do serviço sem subsídio do governo.

Impacto na vida da população

rentam dificuldades para chegar ao trabalho, escolas e outros compromissos diários. Os municípios impactados dependem fortemente desse sistema de transporte, e a falta de um plano emergencial do governo pode agravar ainda mais o caos.

“O povo trabalhador é quem mais sofre. A gente já vive um transporte lotado, demorado, sem qualidade, e agora querem deixar a gente sem ônibus? Isso é um absurdo!”, desabafa um passageiro afetado pela paralisação.

E O GOVERNO, VAI INTERVIR?

Apesar da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no ano passado, garantindo a continuidade dos serviços até uma nova licitação, a crise no transporte metropolitano segue sem solução. O sindicato convocou assembleia com os rodoviários para esta segunda-feira (27), mas, até o momento, não há indícios de recuo na greve.

Com a paralisação nas ruas e incertezas nos bastidores, o transporte público da Região Metropolitana vive dias de tensão. O que vem a seguir? Essa resposta depende das negociações entre trabalhadores, empresários e governo. Enquanto isso, quem depende do ônibus para viver, aguarda – mais uma vez – sem garantias e sem solução à vista.